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- Entenda como funciona o canhão sônico utilizado pela polícia nos protestos.
O que ele provoca? Os efeitos, além da esperada dor de ouvido, são náuseas, tontura, desorientação e dores no peito, o que obriga o 'alvo' a fugir das proximidades. Se continuar exposto ao som sem proteção, a pessoa pode vomitar e cair, por ter a noção de equilíbrio comprometida. Isso acontece não apenas pela potência sonora, mas pela combinação de frequência simultâneas, responsáveis por causar a sensação de desconforto.
O diretor da Guarda Municipal, Antônio Vieira, afirma que participou de testes do "Inferno" e garante que não há danos a saúde. Ele nega que o sistema possa causar tontura e enjôos e dor, e conta que o aparelho também vem equipado com um microfone, que pode ser usado para passar orientações aos manifestantes.
Qual é a utilidade desse tipo de arma? Não é a primeira vez que tecnologias similares são usadas para controlar o público de eventos esportivos. Os canhões sonoros estavam à disposição da polícia inglesa durante as Olimpíadas de Londres. Além disso, este tipo de arma não-letal também foi usado para operações militares dos americanos no Iraque, enquanto a marinha dos EUA já as usou em operações contra piratas da Somália.
Há possibilidade de danos permanentes? Os canhões sonoros americanos causam dor extrema a quem estiver a 100 metros de distância. Eles também podem emitir sons curtos e frequentes, que causam dores de cabeça severas em quem estiver a um raio de 300 metros de distância. E, quem estiver a 15 metros, pode sofrer perda permanente de audição.
Confira um deles em ação nos EUA durante uma manifestação em 2009 (deixe o volume de seu computador em níveis baixos):